Você provavelmente conhece a Netflix, o famoso serviço global de streaming de filmes e séries. A empresa norte americana é uma provedora global de filmes e séries de televisão via streaming com sede em Los Gatos, Califórnia, que atualmente possui mais de 200 milhões de assinantes e um catálogo imenso das mais diversas produções cinematográficas internacionais. Segundo uma pesquisa feita pela Business Bureau, a Netflix oferece 2.926 títulos de filmes e 950 séries (mais de 28 mil episódios) no Brasil. Ainda de acordo com a Business Bureau, a Netflix é 4,5 vezes maior que o Globo Play, plataforma da TV Globo que ocupa o segundo lugar no ranking de maior popularidade entre serviços de “TV paga”.
Agora imagina um serviço assim, mas de jogos? É essa a proposta do Google Stadia, a aposta do Google para entrar no mundo dos games e revolucionar a indústria com uma proposta inovadora.
Infelizmente, o novo SaaS da Google não deu muito certo, mas foi o pontapé inicial para o que promete ser uma nova forma de aproveitar os jogos.
O que é um SaaS?
SaaS é uma sigla em inglês que significa “Software as a Service”, ou em português, Software como um Serviço. Isso nada mais é do que um produto desenvolvido para ajudar ou resolver algum problema do público.
A Netflix por exemplo, é um SaaS, onde a principal função é facilitar o acesso à produções cinematográficas. Aquele aplicativo que você utiliza para administrar suas finanças também é um SaaS.
A proposta do Google Stadia
Mesmo que o Google Stadia não cubra curiosidades sobre truques de caça-níqueis, você ainda pode usá-lo para praticar suas habilidades de jogo e é por isso que também é um SaaS que, apesar de inovador, não deu certo por algumas razões. De acordo com diversos executivos que trabalham em publishers e estúdios de desenvolvimento, a plataforma do Google não conseguiu encontrar seu espaço no mercado devido a ausência de jogos que não chegam ao Stadia por causa da falta de incentivos financeiros para que eles sejam desenvolvidos para a plataforma.
O conceito do Stadia é bem atrativo: A possiblidade de jogar títulos atuais do mercado dos games em celulares, tablets, notebooks, computadores ou televisões (nesse último caso, através da compatibilidade pelo Chromecast). A única coisa que você precisaria seria uma boa velocidade de internet.
Seria uma espécie de serviço de streaming de jogos onde é possível escolher e jogar o jogo de sua preferência, sem precisar de um console ou de um computador potente.
Como isso aconteceria?
Digamos que você queira jogar o jogo “Red Dead Redemption 2” pelo Google Stadia. Você acessa a plataforma do Stadia e seleciona o jogo. O potente banco de dados do Stadia que consegue chegar a uma velocidade de 500 GB/S envia esse jogo já “pronto” para o seu dispositivo e você o joga.
Fonte unsplash
A genialidade da ideia é: O jogo é processado ainda no banco de dados, e não no seu dispositivo. Ou seja, todo o trabalho que um console ou computador teria de ler os dados do jogo e exibi-lo em sua tela é feito ainda lá no conjunto de sistemas do Google Stadia. Por isso é possível acessá-lo de qualquer dispositivo com uma tela e acesso à internet. É uma ideia revolucionária que tornaria mais acessível o acesso a jogos.
Nada é perfeito
Nem o Google Stadia escapou dessa lei universal. Apesar da proposta incrível, o serviço de streaming de jogos da Google passou por problemas e recebeu reclamações após seu limitado lançamento oficial.
Alto consumo de dados
Por ser um serviço de Streaming de jogos, onde há mais informações para se ler, dependendo da qualidade exibida, o Stadia pode consumir 20GB ou mais de internet em apenas 1 hora. Se seu plano de dados tem uma quantidade máxima de internet, isso será um grande problema.
Também, é necessária uma boa velocidade de internet, e que nem todos os brasileiros possuem.
Vel. Mínima de Internet | Qualidade de Exibição | Som |
---|---|---|
10 Mpbs | 720p/60 fps | Estéreo |
20 Mpbs | 1080p/60 fps | 5.1 Surround |
30 Mpbs | 4K/60 fps | 5.1 Surround |
Se a qualidade da internet for baixa, o jogo apresentará diminuição da qualidade de exibição, atrasos em relação aos comandos realizados no controle e o processamento da ação no jogo e etc. Clique aqui e veja se sua internet consegue rodar o Stadia.
Estou caindo fora!
Muitas desenvolvedoras de jogos estão abandonando o projeto Stadia por dois motivos principais: A incerteza do futuro do serviço, e o baixo valor oferecido às desenvolvedoras pelo Google. O Stadia possui atualmente míseros 28 jogos em sua biblioteca.
O início do fim?
A Google fechou as empresas internas de jogos exclusivos do Stadia, deixando o trabalho para outras desenvolvedoras. Talvez esteja relacionado à desconfiança de muita gente sobre o futuro do projeto.
Conclusão
Surgindo como um projeto muito ambicioso e cheio de ideias e promessas, o Google Stadia ainda tem muito o que evoluir para se chegar ao nível esperado. Como o mundo da tecnologia e dos jogos está em constante evolução, podemos apenas imaginar o que o futuro nos reserva e o que resultará do conceito do Google Stadia.