Após validar o produto no mercado, no final do ano passado, e começar a conceder os primeiros empréstimos, em janeiro deste ano, a FinMatch, fintech que oferece empréstimo pessoal a microempresários e microempreendedores individuais (MEIs) que trabalham em salões de beleza e estética, registrou uma alta demanda por empréstimos e está acelerando sua operação para atender a essa procura.
Com pouco menos de dois meses de operação, a fintech recebeu mais de 5 mil solicitações de crédito, que somam a quantia de cerca de R$ 30 milhões em pedidos de empréstimo. Para o CEO da FinMatch, Plínio de Andrade, essa demanda registrada já no primeiro mês de operação, não é uma surpresa. “Nosso público-alvo necessita de crédito”.
Segundo o executivo, após o início da pandemia ficou ainda mais difícil para os MEIs que atuam no setor de beleza e estética conseguir levantar empréstimo junto aos bancos. “Antes de começar a operar, ouvimos muitos relatos nesse sentido. A partir daí, criamos um serviço para ajudar esses profissionais a se manterem em tempos de maior restrição de circulação de pessoas ou mesmo para balancear o caixa, renovar estoques, reformar e ampliar os estabelecimentos”.
Segundo dados da fintech, 70% das solicitações de crédito dos empreendedores e profissionais autônomos que atuam sob o regime MEI, é para capital de giro. “O segmento de beleza e estética tem como característica receber a maior parte dos pagamentos no cartão de crédito. Isso faz com que os empreendedores tenham uma certa dificuldade com a manutenção do caixa. Identificamos essa dor e nossa intenção é oferecer crédito justo para ajudar os negócios dos nossos clientes”, diz Andrade.
Até o momento, a FinMatch realizou 50 operações de crédito, totalizando R$ 150 mil. Para este ano, a empresa pretende atender a mais de 2,4 mil clientes, o que significa alcançar a marca de R$ 7,2 milhões em empréstimos concedidos. Nesse primeiro ano de operação, a fintech planeja faturar R$ 1,3 milhão.
Captações de investimentos
A fintech de nicho captou R$ 250 mil em aporte financeiro feito por investidores anjo. O recurso está sendo utilizado pela empresa para promover melhorias na plataforma, em marketing e uma parte para compor o capital já existente para ser emprestado aos clientes.
Para este ano, o objetivo da FinMatch é continuar levantando capital externo para acelerar o crescimento. A fintech quer iniciar, ainda no primeiro semestre, uma rodada de investimento pre-seed e no final do ano uma outra de seed.
“Tudo vai depender da tração do negócio, que caminha muito bem. Existe a possibilidade de chegarmos à fase Series A mais rapidamente do que planejávamos”, aponta Andrade, justificando que, com pouco menos de dois meses de operação, a fintech recebeu mais de 5 mil solicitações de crédito, que representam mais de R$ 30 milhões de pedidos de empréstimo.
Para aumentar a capacidade de capital a ser emprestado, a FinMatch mantém negociações com fundos de investimentos e bancos interessados em uma parceria.
Atendimento a negativados
A FinMatch também atende a quem tem restrições de crédito no mercado. De acordo com o CEO da empresa, a tecnologia de análise de risco de crédito da fintech avalia a capacidade de pagamento do tomador e não apenas se ele está negativado ou não. “Isso é um diferencial, afinal, nossa visão é que o empréstimo também pode ter a finalidade de ajudar as pessoas a regularizar sua situação financeira”, afirma o executivo.
Os valores mínimo e máximo para pedidos de empréstimo são de R$ 500 e 3.000,00, respectivamente, e o tomador pode dividir o pagamento em até 36 meses.
Cashback vira Giveback
Para se diferenciar, a FinMatch vai além do empréstimo. A fintech repassa 1% do valor de cada parcela mensal, paga em dia pelos clientes, para instituições beneficentes e de ajuda humanitárias listadas na plataforma, como a instituição Médico Sem Fronteiras.
“Inspirados no cashback, o giveback da FinMatch é uma forma que encontramos para reconhecer os bons pagadores de uma forma diferente, contribuindo com a sociedade”, conclui Andrade.